O aluno Matheus Silva, que tem autismo e foi incluído em uma escola da rede pública de São Paulo.
O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é
um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é
causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e
na interação social, além de alterações de comportamento, expressas
principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma
caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas
essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua
maioria, em crianças do sexo masculino.
Para o autista, o relacionamento com outras pessoas costuma não
despertar interesse. O contato visual com o outro é ausente ou pouco frequente
e a fala, usada com dificuldade. Algumas frases podem ser constantemente
repetidas e a comunicação acaba se dando, principalmente, por gestos. Por isso,
evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo,
para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças
bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.
Para minimizar essa dificuldade de convívio social, vale criar
situações de interação. Respeite o limite da criança autista, seja claro nos
enunciados, amplie o tempo para que ele realize as atividades propostas e
sempre comunique mudanças na rotina antecipadamente. A paciência para lidar com
essas crianças é fundamental, já que pelo menos 50% dos autistas apresentam
graus variáveis de deficiência intelectual. Alguns, ao contrário, apresentam
alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas - como ter muita
facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito específico
sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as 'eficiências' do
autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento.
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