quinta-feira, 7 de junho de 2012

Surdos no Brasil


Surdos no Brasil

O Brasil possui 5,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva ou surdez

*Segundo o IBGE no senso 2000, 24,5 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência, sendo 14,5% da população total.

• Dentre eles, 4,6 milhões possuem deficiência auditiva e 1,1 milhão são surdas, totalizando aproximadamente 5,7 milhões de pessoas.

Conceito e Classificação da Deficiência Auditiva

Denomina-se deficiência auditiva a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons, sendo considerado surdo o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum, e parcialmente surdo, aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.

Pelo menos uma em cada mil crianças nasce profundamente surda. Muitas pessoas desenvolvem problemas auditivos ao longo da vida, por causa de acidentes ou doenças.

Existem dois tipos principais de problemas auditivos. O primeiro afeta o ouvido externo ou médio e provoca dificuldades auditivas "condutivas" (também denominadas de "transmissão"), normalmente tratáveis e curáveis. O outro tipo envolve o ouvido interno ou o nervo auditivo. Chama-se surdez neurossensorial.

A deficiência auditiva pode ser classificada como deficiência de transmissão, quando o problema se localiza no ouvido externo ou médio (nesse caso, o prognóstico costuma ser excelente); mista, quando o problema se localiza no ouvido médio e interno, e sensorioneural (neurossensorial), quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo. Infelizmente, esse tipo de surdez em geral é irreversível. A surdez condutiva faz perder o volume sonoro: é como tentar entender alguém que fala muito baixo ou está muito longe. A surdez neurossensorial corta o volume sonoro e também distorce os sons. Essa interpretação descoordenada de sons é um sintoma típico de doenças do ouvido interno.

Fonte: Deficiência Auditiva / organizado por  Giuseppe Rinaldi et al. - Brasília: SEESP, 1997.  VI. - (série Atualidades Pedagógicas; n. 4)  MEC

Causas da Surdez

Pode ser transmitida geneticamente ao bebê ainda na gestação, por infecções como rubéola, sarampo, ou doenças (diabetes, doença cardiovascular), traumas, ingestão de medicamentos, ácool ou drogas, incompatibilidade sanguínea entre o feto e a mãe ou falta de alimentação.

Como consequência pode aparecer uma malformação ou um mau funcionamento no sistema auditivo do feto, que pode manifestar-se até aos 3 anos de idade.

Pode também ser provocada por um parto prematuro ou por má circulação do sangue, problemas com a anestesia ou traumatismos obstétricos.

Na criança, o risco de surdez também está ligado à hereditariedade ou a complicações de saúde, tais como infecções (meningite, otite, encefalite, hepatite, varicela, sarampo, papeira, malária), doenças, traumatismos cranianos ou aústicos ou medicação ototóxicos (alguns antibióticos, como a estreptomicina, a gentamicina, drogas usadas na quimioterapia).

Já na idade adulta, a surdez ocorre em vítimas de acidentes de trânsito ou de trabalho.

Graus de Surdez

- Leve – entre 20 e 40 dB
- Média – entre 40 e 70 dB
- Severa – entre 70 e 90 dB
- Profunda – mais de 90 dB
• 1º Grau: 90 dB
• 2º Grau: entre 90 e 100 dB
• 3º Grau: mais de 100 dB

Mais informações censitárias sobre os surdos no Brasil, baixe o arquivo:

•Censo IBGE 2000 - Dados sobre os surdos - Baixe o arquivo

Passe Livre



O que é o Passe Livre?

Mais que um benefício criado pelo Governo Federal, o Passe Livre é uma conquista da sociedade. Um avanço que trouxe mais respeito e dignidade para o portador de deficiência.

Com o Passe Livre, as pessoas com deficiência podem viajar para todo o país, de forma gratuita, dentro das condições estabelecidas pelo programa. Use e defenda o seu direito. O bom funcionamento do Passe Livre depende também da sua fiscalização. Denuncie, sempre que souber de alguma irregularidade. Faça valer a sua conquista. E boa viagem!

Conheça Melhor o Passe Livre

Quem tem direito ao Passe Livre?
Portadores de deficiência física, mental, auditiva ou visual comprovadamente carentes. 

Quem é considerado carente?
Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte:
·  Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar.
·  Some todos os valores.
·  Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa.
·  Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de deficiência será considerado carente.

Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre? 

·  Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes:

  • certidão de nascimento;

  • certidão de casamento;

  • certidão de reservista;

  • carteira de identidade;

  • carteira de trabalho e previdência social;

  • título de eleitor.

·  Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado.
·  Requerimento com declaração de que possui renda familiar mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo nacional.

Atenção: Quem fizer declaração falsa de carência sofrerá as penalidades previstas em lei.

Como solicitar o Passe Livre? 
·  Fazendo o donwload dos formulários no site preenchendo-os e anexando um dos documentos relacionados. Uma vez preenchidos, os formulários devem ser enviados ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9800 - CEP 70001-970 - Brasília (DF). Neste caso, as despesas de correio serão por conta do beneficiário; ou
·  Escrevendo para o endereço, acima citado, informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre. A remessa ao Ministério dos Transportes, dos formulários preenchidos, junto com a cópia do documento de identificação e o original do Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), é gratuita e deve ser feita no envelope branco, com o porte pago.
Atenção: Não aceite intermediários. Você não paga nada para solicitar o Passe Livre. 

Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre?
Transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito. 

Como conseguir autorização de viagem nas empresas?
Basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal. 

Atenção:
Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário. Caso você não seja atendido, faça a sua reclamação pelo telefone (61) 3315.8035. 

Passe Livre dá direito a acompanhante?
Não. O acompanhante não tem direito a viajar de graça.

Saiba mais sobre o Passe Livre, e faça o download dos formulários no link abaixo:
http://www.transportes.gov.br/ascom/PasseLivre/apresentacao.htm


Informações e Reclamações

Informações:
Posto de atendimento - SAN Quadra 3 Bloco N/O térreo - Brasília/DF
telefones: (61) 3315.8035.
Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF
e-mail: passelivre@transportes.gov.br
Reclamações:
e-mail: passelivre@transportes.gov.br ou
Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF

Fonte: MInistério do Transporte
Site http://www.transportes.gov.br/ascom/PasseLivre/Manual.htm

Lei de Cotas


Reserva Legal de Cargos ou Lei de Cotas

Lei 8.213/91 ou Lei de Cotas completa 18 anos

O Brasil está entre os países que mais legislações possuem em benefício às pessoas com deficiência. No que diz respeito ao mercado de trabalho, a legislação estabeleceu a obrigatoriedade de as empresas com cem (100) ou mais empregados oferecerem uma parcela de suas vagas para pessoas com deficiência através da Lei 8.213/91, mais conhecida como Lei de Cotas.

Este ano ela completa 18 anos e apesar de entrar na "maioridade", muitas empresas ainda não conseguiram preencher essas vagas, por diversos motivos, que vão desde a falta de prédios adaptdados até a falta de profissionais com a qualificação exigida.

Perguntas e Respostas sobre a Lei de Cotas
Fonte: site Ministério do Trabalho

Por que se adota o termo pessoa portadora de deficiência ou pessoa com deficiência?

A denominação utilizada para se referir às pessoas com alguma limitação física, mental ou sensorial assume várias formas ao longo dos anos. Utilizavam-se expressões como "inválidos", "incapazes", "excepcionais" e "pessoas deficientes", até que a Constituição de 1988, por influência do Movimento Internacional de Pessoas com Deficiência, incorporou a expressão "pessoa portadora de deficiência", que se aplica na legislação ordinária. Adota-se, hoje, também, a expressão "pessoas com necessidades especiais" ou "pessoa especial". Todas elas demonstram uma transformação de tratamento que vai da invalidez e incapacidade à tentativa de nominar a característica peculiar da pessoa, sem estigmatizá-la. A expressão "pessoa com necessidades especiais" é um gênero que contém as pessoas com deficiência, mas também acolhe os idosos, as gestantes, enfim, qualquer situação que implique tratamento diferenciado. Igualmente se abandona a expressão "pessoa portadora de deficiência" com uma concordância em nível internacional, visto que as deficiências não se portam, estão com a pessoa ou na pessoa, o que tem sido motivo para que se use, mais recentemente, conforme se fez ao longo de todo este texto, a forma "pessoa com deficiência". Esta é a denominação internacionalmente mais freqüente, conforme demonstra Romeu Kazumi Sassaki.3
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3 SASSAKI, Romeu Kazumi. Vida independente: história, movimento, liderança, conceito, reabilitação, emprego e terminologia. São Paulo: Revista Nacional de Reabilitação, 2003, p. 1236.

Quantas pessoas com deficiência a empresa precisa manter contratadas?
A cota depende do número geral de empregados que a empresa tem no seu quadro, na seguinte proporção, conforme estabelece o art. 93 da Lei nº 8.213/91:
I - de 100 a 200 empregados .................. 2%
II - de 201 a 500 ............................................ 3%
III - de 501 a 1.000 ........................................ 4%
IV - de 1.001 em diante ............................. 5%

A instituição sem fins lucrativos está obrigada a preencher um percentual de seus cargos com pessoas com deficiência?
Sim, pois essa obrigação atinge a todas as pessoas jurídicas de direito privado como sociedades empresariais, associações, sociedades e fundações que admitem trabalhadores como empregados (art. 2º, § 1º, da CLT).
4.1 Para cálculo da cota de empregados com deficiência, utiliza-se o número de empregados da empresa ou do estabelecimento?
Tanto para verificar se a empresa está obrigada a ter portadores de deficiência no seu quadro, isto é, ter 100 (cem) ou mais empregados, como para fixar o percentual dos cargos a serem preenchidos, deve ser utilizado o número de empregados da totalidade de estabelecimentos da empresa no Brasil (art. 10, § 1º, da Instrução Normativa nº 20/01).

Os empregados com deficiência devem ser distribuídos proporcionalmente entre os estabelecimentos da empresa?
Não há exigência legal para tal, sendo esta uma decisão interna da empresa. Entretanto, com base no respeito às comunidades locais, recomenda-se a distribuição proporcional entre os diversos estabelecimentos. No interior do País, muitas vezes não há empresas locais com 100 (cem) empregados e as filiais de empresas com sedes em outras cidades são as únicas chances de inserção no trabalho das pessoas com deficiência que lá residem (art. 10, § 2º da Instrução Normativa nº 20/01).

Como são tratadas as frações no cálculo da cota? 

As frações de unidade resultante da aplicação do percentual sobre a base de cálculo darão lugar a mais um trabalhador, ou seja, qualquer que seja a fração, o número de empregados a serem contratados deve ser arredondado para cima (art. 10, § 4º da Instrução Normativa nº 20/01).

Tipos de deficiência

Deficiência física
É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "a", c/c Decreto nº 3.298/99, art. 4º, I).
Para melhor entendimento, seguem-se algumas definições:

  • Amputação - perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro;

  • Paraplegia - perda total das funções motoras dos membros inferiores;

  • Paraparesia - perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;

  • Monoplegia - perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou superior);

  • Monoparesia - perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior);

  • Tetraplegia - perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores;

  • Tetraparesia - perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores;

  • Triplegia - perda total das funções motoras em três membros;

  • Triparesia - perda parcial das funções motoras em três membros;

  • Hemiplegia - perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo);

  • Hemiparesia - perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo);

  • Ostomia - intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na parede abdominal para adaptação de bolsa de fezes e/ou urina; processo cirúrgico que visa à construção de um caminho alternativo e novo na eliminação de fezes e urina para o exterior do corpo humano (colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário);

  • Paralisia Cerebral - lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo como conseqüência alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental;

  • Nanismo - deficiência acentuada no crescimento. É importante ter em mente que o conceito de deficiência inclui a in capacidade relativa, parcial ou total, para o desempenho da atividade dentro do padrão considerado normal para o ser humano. Esclarecemos que a pessoa com deficiência pode desenvolver atividades laborais desde que tenha condições e apoios adequados às suas características.

Deficiência auditiva
É a perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "b", c/c Decreto nº 5.298/99, art. 4º, II).

Deficiência visual 
De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência visual:

  • •Cegueira - na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
    •Baixa Visão - significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
    •Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°;
    •Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores. Ressaltamos a inclusão das pessoas com baixa visão a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de contato, ou implantes de lentes intraoculares, não conseguem ter uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da patologia causadora da perda visual.

Deficiência mental
De acordo com o Decreto nº 3.298/99, alterado pelo Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência mental o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

  • a.comunicação;
    b.cuidado pessoal;
    c.habilidades sociais;
    d.utilização dos recursos da comunidade;
    e.saúde e segurança;
    f.habilidades acadêmicas;
    g.lazer; e
    h.trabalho.
    (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, "d"; e Decreto nº 3.298/99, art. 4º, I).

Deficiência múltipla
De acordo com o Decreto nº 3.298/99, conceitua-se como deficiência múltipla a associação de duas ou mais deficiências.

Como é feita a comprovação da deficiência? 
A condição de pessoa com deficiência pode ser comprovada por meio de:

  • a.Laudo médico, que pode ser emitido por médico do trabalho da empresa ou outro médico, atestando enquadramento legal do(a) empregado(a) para integrar a cota, de acordo com as definições estabelecidas na Convenção nº 159 da OIT, Parte I, art. 1; Decreto nº 3.298/99, arts. 3º e 4º, com as alterações dadas pelo art. 70 do Decreto nº 5.296/04. O laudo deverá especificar o tipo de deficiência e ter autorização expressa do(a) empregado(a) para utilização do mesmo pela empresa, tornando pública a sua condição;

  • b.Certificado de Reabilitação Profissional emitido pelo INSS.

Jogos Pan-Americanos de Surdos


Brasil sedia 5º Jogos Pan-Americanos de Surdos

06/06/2012 - 14:38:04 - por FS & AI Photo & Grafia

O Brasil será a sede pela primeira vez dos Jogos Pan-Americanos de Surdos. A quinta edição da competição ocorrerá em Praia Grande, Litoral Paulista, de 14 a 23 deste mês. O evento reunirá 700 pessoas de 11 países do Continente. Serão disputadas sete modalidades (futebol, basquete, ciclismo masculino, futsal, vôlei, natação e atletismo masculino e feminino). Os campeões garantem vaga nas Olimpíadas de Surdos de 2013, em Budapeste, na Hungria.

A festa de abertura do Pan-Americano está marcada para o dia 14, a partir das 18h, no Ginásio Falcão (Avenida Presidente Kennedy, com a Rua 23 de Maio, Bairro Mirim). Após o desfile das delegações, às 20h30min, será realizado amistoso entre a Seleção Brasileira de Surdos de Futsal Masculino e a equipe de Praia Grande. Além do Brasil, competirão em Praia Grande atletas dos Estados Unidos, México, Canadá, Cuba, Venezuela, Argentina, Costa Rica, Panamá e Guatemala.

"Esta é uma oportunidade única de desenvolver e incentivar a prática das modalidades esportivas entre os surdos. A organização está empenhada em realizar um ótimo Pan-Americano", destacou o presidente do Comitê Organizador do Pan e diretor de marketing esportivo da Fupes (Fundação Pró-Esporte de Santos), o ex-jogador da seleção brasileira de vôlei e medalha de prata na Olimpíada de Los Angeles-1984, Mário Xandó de Oliveira Neto.

Para o dirigente, o equilíbrio prevalecerá durante a maior parte da competição. Xandó ressaltou ainda que o evento promete chamar a atenção do público.

"Já dá para apontar alguns destaques, como o sempre forte time de basquete dos Estados Unidos. A Argentina também confirmou participação no futebol. A rivalidade não faltará", disse.

O Brasil busca desenvolver cada vez mais os esportes praticados por surdos. A delegação espera brigar pelas primeiras colocações na classificação geral e subir ao pódio o maior número de vezes possíveis. No último Pan, na Venezuela, o País conquistou duas medalhas de prata no atletismo.

De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Desportos dos Surdos (CBDS), Gustavo Pezzolo, a realização do Pan em solo brasileiro demonstra crescimento da valorização e respeito com os surdos.

"Através do esporte podemos demonstrar que as pessoas com surdez podem praticar tranquilamente esporte, inclusive participando de grandes eventos como o Pan. O Brasil lutará pelas primeiras posições", afirmou o presidente.

Revelação

Uma das grandes apostas do Brasil é o nadador Guilherme Maia. Aos 23 anos, o jovem está entre as promessas de conquista de pódio do País. A revelação das piscinas competirá nas provas de 50, 100 e 200 metros rasos; 50 e 100 metros borboletas; além dos 200 e 400 metros medley.

O Cenário Mundial das Pessoas com Deficiência

O Cenário Mundial das Pessoas com DeficiênciaAo longo dos anos, o cenário mundial envolvendo as pessoas com deficiência vem se modificando. A evolução dos conceitos e nomenclaturas de âmbito internacional, como por exemplo, a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – ONU/ 2006 apresentam uma nova forma de olhar as pessoas com deficiência em relação aos direitos, as oportunidades e as condições de vida. Enfatizam o apoio, os fatores socioambientais e as potencialidades da pessoa com deficiência, ao invés da valorização das incapacidades e das limitações.
A deficiência, antes considerada como doença, atualmente é entendida como o resultado da interação entre a deficiência de uma pessoa e os obstáculos que impedem sua participação na sociedade limitando sua capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.
O envelhecimento populacional tem influenciado na mudança do perfil epidemiológico. Quando associado às condições crônicas de saúde como as enfermidades cardiovasculares, a diabetes e os transtornos mentais, entre outras, impacta significativamente no crescimento do número de pessoas com deficiência. Portanto a deficiência pode ser causada por doença, assim como por fatores orgânicos, hereditários ou genéticos, por acidentes ou pelo uso abusivo de substâncias. Por outro lado, tem-se a evolução dos recursos tecnológicos de saúde, o que resulta na melhoria da qualidade de vida da população, na redução da mortalidade infantil, na promoção da saúde, na prevenção de deficiências e agravos, influenciando as práticas relacionadas com a reabilitação e a inclusão social dessas pessoas.
Reconhecendo as complexas questões que envolvem a atenção à saúde das pessoas com deficiência no Brasil e entendendo a saúde como um processo dinâmico com necessidade constante de implementação das ações, foi criada em 2002 pelo Ministério da Saúde, a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência.
A criação desse instrumento orientador voltado para as pessoas com deficiência em toda a rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), orienta a integralidade da atenção à saúde, visando o desenvolvimento de capacidades e habilidades para promover a independência e a participação social das pessoas com deficiência frente à diversidade de condições e necessidades.
Em 2011, é instituído o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – “Plano Viver Sem Limites”, que tem por finalidade promover, por meio da integração e articulação de políticas intersetoriais, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas com deficiência, nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Sensível às questões que envolvem a pessoa com deficiência, como o respeito pela dignidade, pelos direitos à igualdade de oportunidades e de acessibilidade e em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência e o Plano Nacional, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba vem implementando as ações voltadas à atenção integral à saúde da pessoa com deficiência: o planejamento, a organização da atenção, a promoção da saúde, a gestão do cuidado, a articulação intersetorial e a participação popular para o controle social.
Possui em sua rede de cuidados a atenção integral à saúde da pessoa com deficiência, envolvendo desde ações de promoção da qualidade de vida, prevenção de deficiências e agravos até a assistência à saúde e reabilitação.
Uma das ações inovadoras realizadas foi a criação da Coordenação de Saúde da Pessoa com Deficiência em 2010, cujo objetivo é acompanhar e potencializar as ações de saúde que envolvem a pessoa com deficiência, buscando a igualdade de direitos e a articulação intra e intersetorial. Outro exemplo é a adequação quanto a acessibilidade nas Unidades Básicas de Saúde e Centros Municipais de Urgências Médicas, a elaboração das novas plantas arquitetônicas dos equipamentos municipais de saúde conforme as normas da NBR 9050/ ABNT, capacitação dos profissionais de saúde na Linguagem Brasileira de Sinais – LIBRAS, sensibilização dos profissionais de saúde quanto a humanização no atendimento da pessoa com deficiência e a implantação da triagem auditiva neonatal em recém natos nas maternidades.


Fonte de informação da assessoria de comunicação do ICEP BRASIL

O cuidado de Deus


O Cuidado de Deus

I Pe 5.7


" Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade porque ele tem cuidado de vós".

Deus nunca se esqueceu dos seus filhos, em qualquer momento ou situação podemos contar com ele, pois ele não abandona aqueles que confia em sua providência. Quando buscamos em primeiro lugar o seu Reino, aí Ele cuida das demais coisas Mt 6.33).

O cuidado que Deus tem com cada um de nós, é uma verdade enfatizada através de sua palavra ( ver Sl 27.10; 37.5;40.17; 55.22).
O Profeta Isaías nos mostra o quanto Deus se preocupa com os seus filhos quando diz: "pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esqueça, eu, todavia eu não me esquecerei de ti" ( Is 49.15).

O cuidado de Deus com Elias
Deus cuidou de Elias, usando os corvos para trazer alimento ( I Rs 17.4,6).

Preparou uma viúva para os alimentar ( IRs 17.9).

Vejam também o que Jó diz sobre o cuidado de Deus (Jó 38.41,42), Mateus 6.26). Mesmo com nossa falta de fé, Deus tem tido misericórdia de nós. No deserto, durante os quarenta anos de peregrinação, durante o dia uma coluna de nuven para os guiar, durante a noite uma coluna de fogo para os alumiar ( Ex 13.21).

Estamos sobre o cuidado especial de Deus, ele zela por nós com carinho todo especial, é só confiar na sua palavra.

Deus o abençoe Amém

As Crianças e a Bíblia


As Crianças e a Bíblia

Desde os mais antigos Deus, se preocupou com o ensino bíblico para a criança. A primeira prova disso é que Ele teve o cuidado de organizar uma instituição educacional que se responsabilizasse pelo ensino, desde a mais tenra idade do indivíduo " o lar ou a família.

Compreende-se que o plano fundamental de Deus concernente à educação do seu povo deveria iniciar no lar. O temor do Senhor, a guarda dos estatutos e mandamentos, deveriam ser passados de pais para filhos, de geração em geração, a fim de que o conhecimento de Deus fosse uma constante entre o povo.

A criança ocupava lugar importante no seio da família israelense (Sl 127.3 e 128.1-3). Sua educação nos preceitos bíblicos era prioridade. Cabia aos pais o zelo pela instrução dos filhos que, por ordem divina, deveria ser constante e diligente (Dt 4.9-10;6.1-7 e11.18-19).

Está claro nas Escrituras que, de acordo com a vontade divina, os mandamentos do Senhor seriam ensinados em todos os momentos (andando, falando assentados em casa, à mesa, pelos caminhos, de dia e à noite, quando a família se reunia). À criança era concedida a oportunidade de fazer perguntas (Ex 12.26-27; Gn 22.7-8), o que tornava o ensino eficaz e mais interessante.

Mais tarde, além do lar, as crianças também aprendiam com os sacerdotes e profetas. Algumas delas eram dedicadas a Deus e entregues ao sacerdotes para educá-las. Um desses casos é o de Samuel, que foi entregue ao sacerdote Eli ainda bem novinho (1Sm 1.20-28). O profeta também era uma figura importante na educação nacional. Muitos jovens eram enviados às escolas de profetas a fim de estudarem as Escrituras e se prepararem para substituir seus antecessores (1Sm 10.10;19.19; 2Rs 2.5 e4.38).

Propósito
Deus preparou um plano de reconciliação para a humanidade perdida e distanciada do seu Criador. Havia, portanto, necessidade de transmitir à humanidade a mensagem de perdão, de fé e esperança, bem como os preceitos e normas para uma vida de comunhão com o Senhor.

Para isso, Deus separou Israel, um povo especial, para que o mesmo transmitisse aos outros povos o propósito divino. Era fundamental que as gerações tomassem conhecimento dos fatos acontecidos no passado, para serem enriquecidos no presente e não serem esquecidos no futuro.

A transmissão da herança histórica era assunto que deveria ser ensinado à criança até que ela alcançasse maturidade e, conseqüentemente, condições de transmitir à geração seguinte. Além da história do povo, a idéia do conhecimento de Deus, a adoração e obediência ao Criador, o reconhecimento pelos seus feitos, todos esses aspectos eram pontos fundamentais na educação da criança israelita. Graças a tais cuidados por parte de Deus é que o conhecimento do Todo-Poderoso chegou até os nossos dias.

Crianças educadas, homens usados por Deus
Podemos citar alguns exemplos relacionados ao assunto:

Adão
Entendemos pelas Escrituras que Adão ensinou aos seus filhos quando eles se propuseram a oferecer suas ofertas a Deus (Gn 4.3-4).

Abraão
É certo que Abraão transmitiu os ensinamentos bíblicos a seu filho Isaque ainda pequeno. A prova disso é que o jovem conhecia todo o ritual do sacrifício, e quando seguia para o monte Moriá com seu pai, sentiu falta do cordeiro para o holocausto (Gn 22.7).

A educação de Moisés
Ele era o legislador de Israel, foi educado em toda a ciência do Egito como filho de Faraó (Ex 2.10 e At 7.22). No entanto, sua meninice teve a influência dos ensinamentos de sua própria mãe hebréia (Ex 2.8-9), que não descuidou de ensinar-lhe os princípios divinos. Isso lhe serviu de base para não se contaminar com a idolatria e guardar, no coração, o temor do Senhor e a fé em um único Deus, criador de todas as coisas.

O cuidado de Loide e Eunice
Mesmo tendo um pai grego que certamente lhe ensinava acerca da mitologia e da filosofia da época, Timóteo recebeu também de sua avó e de sua mãe ensinamentos das Escrituras (2Tm 1.5 e3.14-15), desde a sua meninice. Tais fundamentos foram a base de sua fé e conduta, o que o tornou grande evangelista ainda bem jovem.

Através dos tempos
Os ensinos do Antigo Testamento tiveram ressonância através dos tempos e a preocupação em transmitir as verdades bíblicas às crianças foi um dos pontos observados nas sinagogas até mesmo no tempo do cativeiro.

Jesus nunca excluiu as crianças das multidões que vinham a ele ouvir os seus ensinamentos (Mt 14.21). Ele repreendeu seus discípulos quando pretendiam excluir as crianças do seu convívio (Mc 10.13-14).

A continuidade do ensino
Lendo as cartas do apóstolo Paulo, entendemos que o ensino sempre foi assunto de relevância na Igreja (Rm 12.7; Cl 1.28; 2Tm 2.2 e3.14-15) e no lar.

Através dos tempos, a Igreja passou por muitas provações, perseguições e até mesmo profundas mudanças. Todavia, Deus sempre continuou preocupado com a questão da transmissão dos seus preceitos e mandamentos.

Na Reforma
Através da História, constatamos que Deus sempre levantou homens preocupados e interessados na educação. Martinho Lutero, o ilustre reformador protestante, por exemplo, empenhou-se em promover a educação concentrada no lar, como registra o Antigo Testamento. Reconhecia, no entanto, que as autoridades do Estado também deveriam desenvolver programas educacionais para as crianças tomando para si a responsabilidade de ajudar os pais na educação dos filhos. Ele sugeria um currículo que desse ênfase aos estudos bíblicos e à música (para isso, a Bíblia deveria ser traduzida para o vernáculo, proporcionando a facilidade da leitura da mesma), ao lado de outras disciplinas.

Outro nome é João Calvino, fundador da Academia de Genebra, onde se ensinava a crianças e adultos. Ele teve a grande preocupação de convocar a igreja para retornar à tarefa de ensinar às crianças nos moldes do Antigo Testamento.

Os colonizadores
Da mesma forma como os hebreus nos tempos antigos, os colonizadores nos séculos passados, quando vieram da Europa para habitar na América, não faziam distinção entre educação religiosa e educação secular.

Quase todas as famílias, senão todas, eram protestantes. Vieram para o Novo Mundo fugindo das perseguições religiosas, em busca de liberdade para exercitar a fé em Jesus. A principal razão para ensinar a seus filhos a ler era para que pudessem ler a Bíblia. Assim, procuravam transmitir de modo simples, mas convincente, um patrimônio moral e espiritual e um viver de acordo com os ditames bíblicos.

Cada família tinha o cuidado de realizar o culto doméstico. Os pais chegaram até a ser obrigados por lei a ensinarem os preceitos divinos aos seus filhos.

Surgimento das escolas
Caso os pais não cumprissem seu dever de ensinar, a comunidade se responsabilizava por transmitir um ensino mais adequado e eficaz. Assim foram surgindo as primeiras escolas para complementação do ensino no lar. Aos mais ricos era concedido o privilégio de contratarem pessoas para irem à casa ensinar as crianças.

Atualidade
É fato incontestável que os judeus sempre premiavam pela educação de seus filhos. Eles consideravam a educação tão importante quanto a oração. Esse zelo pelo saber originou-se do preceito bíblico registrado em Deuteronômio 11.19. Ainda hoje se pode observar o cuidado e preocupação em transmitirem aos seus filhos a Lei do Senhor e os preceitos de Jeová. Consideram a educação da criança prioritária.

Somos também o povo escolhido de Deus (Hb 8.10 e Tt 2.14). Assim, a educação cristã está também embasada nos mesmos princípios e ditames expostos nas Escrituras.

A Igreja de Cristo tem como objetivo primordial a salvação do homem e o seu preparo para viver Jesus eternamente. A educação é o agente de mudança.

Para isso, a Igreja se propõe a ensinar a Palavra de Deus de modo sistemático, prático e progressivo, alcançando pessoas de todas as idades, principalmente as crianças. A instituição educacional da igreja é a Escola Dominical. O ensino bíblico, ou melhor, a educação cristã deve ser compreendida como uma tarefa que não se limita apenas a algumas horas de estudo aos domingos na ED. Mas, como um processo, um contínuo aprendizado de crenças e valores, de hábitos, atitudes, maneiras de sentir e de agir de acordo com o querer de Deus.

Cada cristão deve tornar-se uma pessoa zelosa, praticando boas obras com o objetivo de melhor servir a Jesus e ser capaz de influenciar na vida da comunidade, da sociedade em que está inserido. Nessa tarefa cabe aos pais a responsabilidade maior.

Dificuldades atuais
A sociedade atravessa um período de profundas mudanças. Em conseqüência, os lares são abalados de forma preocupante, o que traz sérios problemas no que se refere à educação do indivíduo.

De um lado está a necessidade da busca de meios de sobrevivência colaborando para que as mães também deixem o lar e se dediquem a algum trabalho para ajudar a sustentar a economia da família. De outro, as mulheres que "vestindo a roupagem" do desejo da realização pessoal e da procura de um "espaço" na sociedade, fogem das suas responsabilidades de esposa e mãe. E ainda levando-se em consideração os desmandos dos pais, as brigas, as ocupações extras, a separação dos cônjuges, que no final chegam ao divórcio na maioria das vezes.

Todos esses acontecimentos na vida familiar levam a criança ao abandono, à falta de orientação, a necessidade de alguém para  identificar-se, de ajuda para resolver seus problemas.

Falta a presença dos pais para incentivá-la a crescer, a desenvolver-se, quer elogiando-a ou repreendendo-a, conforme a situação. Determinando e cobrando tarefas. Ensinando-a a respeitar limites, a ser útil, a participar do grupo familiar. Dando-lhe oportunidade de partilhar das alegrias e das dificuldades do dia-a-dia. Ensinando-a a fazer escolhas e a tomar decisões. Caminhando junto a ela, apontando-lhe o caminho (Pv 22.6). Orientando-a a lidar com seus próprios sentimentos.

São os pais e, principalmente a mãe, as pessoas responsáveis para "descortinar" conhecimentos. É a qualidade do mesmo que determinará seus resultados. Sem dúvida, os ensinamentos bíblicos oferecidos ao indivíduo desde a sua infância é que nortearão sua vida de modo eficaz tornando-o um cidadão honrado. Capacitando-o a colaborar para o bem estar da sociedade e da nação. E, acima de tudo, fazendo-o um futuro cidadão dos céus.

Autor: Albertina Malafaia