quinta-feira, 23 de março de 2017

Fazer sua vontade e esquecer Deus.


Sou Surdo


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Diga não ao suicídio! Diga sim a vida! 💛




PODE UM CRISTÃO EM PLENA COMUNHÃO COM DEUS COMETER  SUICÍDIO?
Não podemos também ignorar o fato de que não somos super-homens, supermulheres ou supercrentes, e que precisamos de ajuda médica e de conselheiros cristãos profissionais em nossos momentos de angústias. 
Diz a Bíblia em Romanos 12. 13 “Comunicai com os santos nas suas necessidades…”. 
O nosso cérebro recebe informações e o nosso comportamento é o resultado do que sentimos.
INTRODUÇÃO
Escrever sobre o suicídio é uma tarefa muito difícil, pois não há motivos que justifiquem este ato bárbaro. Por que? Por que? Perguntamos. E não encontramos muitas respostas. O suicídio é uma separação extremamente repentina. Nenhuma teoria seria capaz de explicar suficientemente e desvendar os motivos que levam uma pessoa a se matar, a tirar a própria vida. Para alguns filósofos existencialistas contemporâneos, o suicídio é o maior problema filosófico.
Obviamente, é impossível falar em suicídio sem falar em morte, os dois estão intimamente ligados. Impossível é também refletir sobre a vida sem deixar de pensar na morte. Em muitas culturas, a morte é encarada como uma fase natural da vida, pois trata-se de algo necessário para o equilíbrio da sobrevivência do grupo, sendo considerada um elemento intrínseco à natureza.
Há civilizações em que a pessoa, ao ficar doente, se mata. Faz isso simplesmente porque não pode mais produzir, ou seja, ser útil à sua comunidade. Nas primitivas sociedades tribais, a morte era encarada como parte integrante do viver diário. Isto é, as pessoas lidavam com a morte sem bani-la, com naturalidade. Para elas, a morte era um ato continuo da vida.
Não podemos, também, ignorar o fato de que Deus é poderoso. E, ainda que fragilizados, a ponto de percebermos o agir de Deus em nossas vidas, creio que o crente fiel ao Senhor e à sua palavra, aquele cristão que não vive nas obras da carne, é sustentado em suas grandes adversidades, como aconteceu com o patriarca Jó. Deus não nos prova além de nossas forças! “ Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não deixará tentar acima do que possais suportar”. Veja também o que diz Tiago: “ Ninguém sendo tentado, diga:  de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” ( Tg. 1. 13 ).  Encontramos na Bíblia várias pessoas que escreveram a respeito de sentimentos como a tristeza: “ o meu espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura” (Jó. 17. 1 ).
Encontramos na Bíblia várias pessoas que escreveram a respeito de sentimentos como a tristeza: “ O meu espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura” (Jó. 17.1 ). O salmista disse: “ Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia” (Sl. 38. 6 ). O próprio apóstolo Paulo, por várias vezes, relata como ele se sentia a respeito do seu sofrimento: “ Que tenho grande tristeza e continua dor no meu coração” (Rm. 9. 2 ). Jesus também falou a respeito de seus sentimentos: “ A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo” (Mt. 26. 38 ). O profeta Elias, em 1 Reis 19. 4, fala de sua amargura e interesse pela morte: “ Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais”. E Jonas, o profeta de Deus, disse:  “ Peço- te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver” ( Jn. 4. 3 ). É importante entendermos o quanto é diferente o sentimento desses homens piedosos das narrativas bíblicas do desejo específico que os suicidas sentem em tirar a própria vida.
Em outras palavras, uma coisa é, num momento extremo de angústia, como no caso do patriarca Jó, alguém desejar morrer. Outra coisa, totalmente diferente, é o impulso doentio de alguém que deseja matar-se. Veja que os heróis da fé sempre apelaram para que Deus, o doador da vida, lhes permitisse morrer, que o próprio Senhor interrompesse o fôlego de vida deles, pois somente assim poderiam estar com Ele: “O Senhor é o que tira e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela” (1 Sm. 2. 6 ).
O suicídio é obra do Diabo. Cristo veio para trazer vida, e vida em abundância, como nos testemunham as Escrituras Sagradas. E, partindo deste princípio, toda e qualquer atitude que infrinja a lei divina quanto à valorização da vida é condenável. O suicídio é um assunto extremamente delicado, cercado por tantos tabus que difícil e raramente encontramos alguém falando a respeito. Nunca levamos aos nossos púlpitos sermões tendo o suicídio como título e não conhecemos quase nenhuma literatura evangélica que fale sobre este tema tão polêmico.
CONSIDERANDO OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
 Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto” (Sl. 100. 3 ). Considerando que não somos de nós mesmos, mas de Deus, por termos sido criados por Ele, a iniciativa de uma pessoa de tirar a própria vida significa que ela está-se colocando acima de Deus e agindo com autoridade maior que a do Senhor, o autor da vida.
O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus; destruir o próprio corpo é desonrar o Criador. Paulo disse: “ Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? ” ( 1 Co. 6. 19 ). Deus é o doador da vida, presente e futura. ( Gn. 1. 26 –27; Sl. 8. 5; 24. 1; Jo. 1. 3;  3. 16; 10. 10;  11. 25 –26 ). É o Senhor que tem estabelecido as normas de conduta para a nossa vida presente e para toda a eternidade.
Nem mesmo o amor pela vida nem o desejo de suicídio devem ser colocados acima da vontade de Deus. Quando alguém age independentemente de Deus está se colocando no lugar dele.
Alguém pode perguntar: “ O que acontece com aqueles que cometem suicídio? Ou, “ Um suicida pode ser salvo? ”. A resposta levará em consideração a Sagrada Escritura. A orientação bíblica é que aqueles que cometem o suicídio violam a sexto mandamento. As pessoas que dão fim à própria vida fazem isso por várias razões. Somente o Senhor Deus sabe a complexidade de pensamentos que passa na mente do indivíduo no momento do suicídio. Por isso, baseamos o nosso entendimento na Bíblia. Devemos considerar o texto de Êxodo 20. 13, que diz: “ Não matarás”. O suicídio nada mais é do que um auto assassino, atitude que contraria esse mandamento. Como cristãos, compreendemos que o suicida não pode ser salvo. “Certamente requererei o vosso sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como também da mão do homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem” (Gn. 9. 5 ).
UMA EXPERIÊNCIA
“ O Dr. Rus Walton, pesquisador cristão, não considera o suicídio como um problema de patologia. Ou seja, não se trata de um problema da mente, mas, sim, de enfermidade de alma”.
Partindo deste ponto e pensamento passarei aqui a relatar uma experiência deste tipo, quando em minha vida eu vivi e presenciei um ato ou tentativa de suicídio.
Quando acontece uma tentativa de suicídio, precisamos detectar o problema ou o fato que levou a pessoa a tomar esta atitude, quando em minha família eu vivi este drama, como já relatamos páginas atrás, a pessoa se fechou no seu mundo, pensando e dizendo que ninguém a amava, ela começou a dizer que desejava morrer até que um dia o fato se consumou, e por duas vezes tentou se matar tomando remédios em excesso ficando hospitalizada, e provocando dor e sofrimento em toda a família.
Enquanto os médicos e psicólogos falavam e diagnosticavam insanidade mental. Eu como cristão acreditava que o problema era da alma e do espírito. E buscamos em Jesus a cura e a libertação, e por três meses vivi vendo a companheira jogada em uma cama sem forças para se libertar sem forças para se levantar , e é nestes momentos que nós encontramos o amigo fiel que é Jesus, pois foi Nele que encontrei forças para caminhar, enquanto muitos viravam as costas, muitas vezes dizendo que tudo aquilo era  mentira e fazia aquilo para chamar a atenção, Jesus nos consolava, e depois de três meses tomando calmantes e remédios para depressão e para problemas mentais. Através de oração e da palavra de Deus consegui mostrar a ela que o mundo podia odiá-la, mas que Jesus a amava, e Ele estava do seu lado em todos os momentos.
Ela me perguntou como vou saber se isto que você está me falando é verdade e que se parasse com os remédios Jesus a libertaria. Perguntei a ela se tinha fé que se ela se levantasse daquela cama e abandonasse os remédios ficaria curada ela disse que sim e pediu para que eu lhe mostrasse na Bíblia e falei para ela Jeremias 33. 3: Clama a Mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes. E a partir daí começou o processo de libertação, e Jesus operou grandemente libertando e curando as feridas tirando os sentimentos de inferioridade e hoje podemos glorificar ao Senhor pois eu e minha casa servimos ao Senhor.
(Se fosse relatar tudo o que vivi nestes três meses teria muito assunto e daria muitas páginas).
CONCLUSÃO
Em nossos dias muitas pessoas se encontram nas mesmas situações que vivi com minha esposa, e até mesmo dentro de nossas igrejas isto continua a acontecer, e muitas vezes estas pessoas não são ajudadas pelas líderes das igrejas, muitas ainda não conhecem a Jesus, e acabam por morrer vítimas de Satanás. Pois acredito que em 80% dos casos de suicídio a enfermidade está na alma.
E nestes casos somente Jesus pode operar, mas para isto acontecer temos que anunciar a palavra de Deus.
stes dados é de: https://www.portalpadom.com.br/o-cristao-e-o-suicidio/

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A deficiência auditiva e a família

A deficiência auditiva e a família:

Sentimentos e expectativas de um grupo de pais de crianças com deficiência da audição.

Cibele Cristina Boscolo*
Teresa Maria Momensohn dos Santos**

Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar os sentimentos, as reações e as expectativas dos pais em
relação à deficiência de audição do filho. Com este estudo, verificou-se, por meio da análise do discurso
do sujeito coletivo, que as famílias reagem de forma parecida ao receberem o diagnóstico, porém têm
expectativas diferentes em relação às possibilidades da criança com deficiência de audição. Isso nos
permite concluir que o fonoaudiólogo deve saber escutar os pais a fim de oferecer-lhes respostas para
suas dúvidas, dar-lhes suporte e forças para desabafar seus sentimentos e superar suas dificuldades ante
a deficiência auditiva de seu filho.

Criança deficiente. Esses dados também foram descritos por Harrison (1994), Tavares (2001), Ferro, Picoli e Rey (2002). Os pais de crianças deficientes auditivas foram questionados acerca da procura por outros pais que estivessem na mesma condição e também sobre o motivo da procura ou não procura. A partir de suas respostas, identificaram-se, na literatura do conjunto de depoimentos, três idéias centrais que, com base nas suas respectivas expressões-chave, deram origem a três discursos bastante distintos sobre o tema em questão: • discurso da procura de outros pais para conselho, apoio e incentivo; • discurso da não procura de pais; • discurso de procura de pais para apoiá-los e encorajá-los. A procura por outros pais que estavam na mesma situação ocorreu pela necessidade de compartilhar conhecimentos e sofrimentos. Conhecimento no sentido de oferecer troca de informações e experiências, as quais propiciam aprendizado entre os pais para determinadas situações de vida diária. O contato com pais também foi relatado como uma maneira de amenizar o sofrimento existente após a confirmação do diagnóstico da deficiência auditiva. Lewis, Raca, Bevilacqua (1987), Luterman e Ross (1991), Harrison (1994), Nogueira-Martins e Borges (1996), Bevilacqua e Formigoni (1997), Avelar (1997) também descreveram a importância do contato com outros pais. Houve alguns pais, a minoria, que relataram não ter procurado nenhum pai por considerarem suficientes as informações passadas pelos profissionais (fonoaudiólogos e professores) que lidam com o filho deficiente auditivo. Quanto ao aspecto educacional, foi verificada a opinião dos pais quanto à opção escolar que acreditam ser mais adequada para o deficiente auditivo. A partir de suas respostas, identificaram-se, no conjunto de depoimentos, três idéias centrais que, com base nas suas respectivas expressões-chave, deram origem a três discursos bastante distintos sobre o tema em questão: • discurso dos pais que acreditam ser a melhor op- ção a escola normal; • discurso dos que acreditam ser a classe especial mais adequada; • discurso dos pais que acreditam que ambas (escola normal e classe especial) seriam adequadas para o filho. A escola é um local de aprendizado que vai além da alfabetização. Para muitos pais de deficientes auditivos, a escola também é vista como a possibilidade de aprendizado de vida social. Verificamos que as expectativas acerca da educação escolar também estão agregadas de valores que muitas vezes ignoram a real possibilidade de aprendizado e desenvolvimento dessas crianças, o que pode prejudicar o aprimoramento das verdadeiras potencialidades da criança em prol de um desejo dos pais. Também podemos notar que a atitude exigente dos pais para com os educadores, quanto à educação de seus filhos, cria uma barreira entre ambos, o que também passa a limitar o trabalho do desenvolvimento das habilidades da criança. A op- ção pelo modelo de escola regular (normal) ou especial estaria vinculada aos diferentes tipos de expectativas dos pais; em algumas situações essas expectativas seriam direcionadas pelo reconhecimento das verdadeiras potencialidades da criança, noutras seriam agregadas pelo desejo da realiza- ção do sonho de ver o filho desenvolvendo-se normalmente como as demais crianças ouvintes. Conclusão A análise do discurso dos pais revelou: • em relação ao diagnóstico, observou-se tristeza, ambivalência de sentimentos (tristeza e alegria), e pais que referiram não ter tido qualquer reação ou sentimento. • em relação ao uso do AASI, observamos frustra- ção, ambivalência de sentimentos (alegria e tristeza), satisfação e criação de expectativa falsa. • Em relação à expectativa de comunicação da criança, verificamos que alguns pais desejam que o filho fale; outros aceitam o uso dos sinais por reconhecer que o filho não consegue desenvolver a fala; e pais que aceitam as duas formas de comunicação (língua de sinais e fala); • em relação ao contato com outros pais de deficientes auditivos, observamos ser uma necessidade importante para os pais, que propicia aos pais compartilharem entre si sentimentos, dúvidas e anseios; • em relação ao aspecto educacional, verificamos que a maioria dos pais deseja que o filho estude em escola normal, em classe regular; para alguns pais a classe especial é a mais adequada; outros pais relatam preferir que o filho freqüente classe especial e regular.

 Deficientes auditivos no que diz respeito aos sentimentos, reações e expectativas em relação à deficiência auditiva do filho, e isso oferece subsí- dios para que nós, fonoaudiólogos, possamos elaborar e oferecer orientações mais adequadas para essas famílias. Referências Avelar MCF. Desabafo de mãe: surdez, um desafio possível. Goiânia: Ed UCG; 1997. Bevilacqua MC, Formigoni GMP. Audiologia educacional: uma opção terapêutica para a criança deficiente auditiva. Carapicuíba, SP: Pró-fono; 1997. Ferro L, Pícoli RP, Rey MREP. A construção da linguagem oral no contexto familiar de crianças não-ouvintes. Fono Atual 2002;19: 35-9. Harrison KMP. A surdez na família: uma análise de depoimentos de pais e mães [dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 1994. Jung C. Os sentimentos especiais dos pais de deficientes. In: Buscaglia L. Os deficientes e seus pais. 3.ed. Rio de Janeiro: Record; 1997: 103-114. Lafon JC. A deficiência auditiva na criança: deficiência e readaptações. São Paulo: Manole; 1989. Leibovici Z. A família e a criança surda. In: Ciccone M. Comunicação total: a pessoa surda. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 1996: 89-91. Lefevre F, Lefevre AMC. O discurso do sujeito coletivo: teoria e prática, pesquisa qualitativa: novas metas de análise. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2002. Lefevre F, Lefevre AMC, Teixeira JJV. O discurso do sujeito coletivo: uma nova abordagem metodológica em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul: EDUCS; 2000. Lewis DR, Raca R, Bevilacqua MC. Identificação precoce da deficiência auditiva. Distúrb Comun 1987;2:133-42 Luterman D. Deafness in the family. Boston: Litlle, Brown and Company; 1987. Luterman D, Ross M. When your child is deaf: a guide for parents. New York University Press; 1991. Minuchin S. Famílias, funcionamento e tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas; 1988. Nogueira-Martins MCF, Borges ACLC. Fatores gratificantes e estressantes na atividade assistencial de alunos de audiologia educacional. Pró-fono 1998;10:59-63. Nuñez B. El niño sourdo y su familia: aportes desde la psicología clínica. Buenos Aires: Troquel; 1991. Tavares M. Os efeitos do diagnóstico nos pais da criança surda: uma análise discursiva [dissertação]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 2001. Recebido em junho/03; aprovado em fevereiro/05. Endereço para correspondência Cibele Cristina Boscolo Av. Martinho Gehard Rolfsen, 1075, casa 15, Jardim Morumbi, Araraquara CEP 14801-070
E-mail: cboscolo@bol.com.br













































































































Escolas enfrentam despreparo para incluir alunos com deficiência

Escolas enfrentam despreparo para incluir alunos com deficiência.


O debate Educação Inclusiva com Abordagem em Autismo e Síndrome de Down abriu nesta quinta-feira (25) a edição de 2016 do evento Pauta Feminina. A iniciativa tem o apoio da bancada feminina no Congresso Nacional e da Procuradoria da Mulher do Senado.
Durante o evento, a psicopedagoga Lourdes Dias, da Clínica Aprender, afirmou que as escolas brasileiras ainda carecem de profissionais preparados para promover a inclusão de alunos com deficiência. Ela informou que as escolas têm contratado estagiários “sem qualificação, preparo e compromisso” com a criança com deficiência para fazer a ponte entre ela e o professor.
— A formação é fundamental para a inclusão. Um mediador de aprendizagem tem que estar presente e auxiliar o professor, que deve ser a referência em sala de aula. Esse profissional precisa ter um vínculo com o aluno especial e trabalhar visando a sua independência — afirmou a psicopedagoga, que se queixou ainda da falta de adaptação curricular e de um plano de ensino individualizado para facilitar esse processo de aprendizagem.
A representante do Ministério da Educação, Susana Braimer, concordou quanto a necessidade de o professor ser o profissional de referência para o aluno com deficiência. Mas, quanto ao profissional de apoio em sala de aula, informou que cada estado e município tem total autonomia para delinear o perfil esperado de sua atuação.
— Entendo que o profissional — de apoio ou mediador de aprendizagem — deve estar ali quando solicitado. Não podemos cair na fácil ideia de que toda pessoa com deficiência precisa de um profissional de apoio — disse Susana Braimer.
Participação familiar
Na visão da representante do Ministério da Saúde, Vera Lúcia Mendes, as políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência — seja em saúde, seja em educação — só irão avançar com a participação plena da sociedade e, em particular, das famílias destes cidadãos.
— A gente confia e conta com o movimento social para a formulação dessas políticas. A atenção básica de saúde também precisa ser forte e estar atenta aos indicadores de desenvolvimento infantil. Temos que fortalecer ainda os programas de estimulação precoce com foco nas famílias, para que elas possam estimular seus filhos nas dimensões sensorial, motora e cognitiva. Isso vai fazer muita diferença na vida dessas crianças — disse Vera Mendes.
Já o presidente do Instituto Ápice Down, Karlo Quadros, observou que, mesmo com os avanços da inclusão, episódios de segregação de estudantes com deficiência continuam a ocorrer dentro do espaço escolar. E advertiu, inclusive, para o risco de surgimento de regressão afetiva, manifestação capaz de desencadear transtornos mentais em pessoas alvo dessa exclusão.
Para o senador Hélio José (PMB-DF), coordenador do debate sobre inclusão escolar no Pauta Feminina, a diversidade é um requisito fundamental para a construção de uma sociedade inclusiva.
Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Procuradora da Mulher no Senado, reconheceu o desafio social imposto pelo autismo e pela síndrome de Down, especialmente para as mulheres que têm filho ou filha nessa condição.