O que é deficiência física?
São complicações que levam à limitação da mobilidade e da
coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus. As causas
são variadas - desde lesões neurológicas e neuromusculares até má-formação
congênita - ou condições adquiridas, como hidrocefalia (acúmulo de líquido na
caixa craniana) ou paralisia cerebral.
As crianças com deficiência física, em geral, têm dificuldades
para escrever, em função do comprometimento da coordenação motora. O
aprendizado pode se tornar um pouco lento, mas, exceto nos casos de lesão
cerebral grave, a linguagem é adquirida sem grandes empecilhos.
Os principais tipos de deficiência física, segundo o Decreto nº
3.298 de 20 de dezembro de 1999, são: paraplegia, perda total das funções
motoras dos membros inferiores; tetraplegias, perda total da função motora dos
quatro membros e hemiplegia, perda total das funções motoras de um hemisfério
do corpo. Ainda são consideradas as amputações, os casos de paralisia cerebral
e as ostomias (aberturas abdominais para uso de sondas).
Dependendo da área do cérebro afetada, a pessoa com deficiência
física pode apresentar, também, dificuldades na aquisição da linguagem, na
leitura, na escrita, na percepção espacial e no reconhecimento do próprio
corpo.
Como lidar com a deficiência física
na escola?
Adequar a estrutura do prédio da escola é primordial para
receber alunos com deficiência física. Rampas, elevadores (quando necessário),
corrimões e banheiros adaptados atendem às crianças com diferentes dificuldades
de locomoção.
Os padrões ideais para acessibilidade em prédios e edificações
são definidos pelo documento da Associação Brasileira de Normas Técnicas
Para facilitar a mobilidade dos alunos nas atividades
desenvolvidas em sala, pode-se utilizar tecnologias assistivas ou aumentativas,
como engrossadores de lápis, apoios para os braços, tesouras adaptadas e
quadros magnéticos. Respeite o tempo de aprendizagem desses alunos, que podem
demorar mais para executar determinadas tarefas, e conte sempre com a ajuda do
Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Alguns alunos com deficiência física podem requerer cuidados
especiais na hora de ir ao banheiro, necessitando de um acompanhante. Nos casos
de hidrocefalia, é preciso que o professor observe o aparecimento de sintomas
como vômitos e dores de cabeça, que podem significar problemas com a válvula
implantada na cabeça da criança para conter o acúmulo de líquido.
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