sexta-feira, 16 de março de 2012

Dr.Jan Van Dijk


Um pouco de história pelo Dr.Jan Van Dijk





Sou considerado como o Padrinho da inclusão dos Calendários na prática educacional de crianças surdocegas. Se este é o caso, então recordo exatamente o tempo quando a idéia nasceu. Há 40 anos atrás, quando eu era um jovem professor, tentando duramente conseguir que uma menina surdocega respondesse. O Padre van Uden, renomado neste tempo por seu “método de conversação” com crianças surdas, observou meus esforços e fez um comentário: “Tente começar um diálogo com a menina”. Eu respondi: “Como posso fazer isto, quando minha menina quase não é consciente de seu passado e de seu futuro, não há nada que nós compartilhemos e deque possamos falar”. Pouco tempo depois tivemos uma reunião familiar e notei que as conversações mais animadas ocorreram quando velhos álbuns de fotos foram trazidos para a mesa. Isto fez “o passado” tão presente e se discutiram idéias de como “o futuro” seria diferente. Eu fui a uma loja que tinha gravatas em um mostruário, o qual podia ser girado. Consegui um e fixei cartões na barra de ferro, um para cada dia da semana. Objetos ou parte de objetos que eram de interesse para minha aluna foram fixados a um cartão. Recordo como se fosse ontem minha excitação quando, depois de umas semanas, minha aluna girou um dos cartões que tinha um pedaço de cortina colado. Entendi imediatamente, ela desejava ir e parar próxima da janela, quando pode sentir a brisa! Estava tão contente que sua expressão tinha sido entendida, que Joyce aprendeu nesta mesma semana seu primeiro sinal para abrir a janela. E o Padre van Uden nos enviou um bolo! Quarenta anos depois, Robbie Blaha escreveu seu livro “Calendários para alunos com múltipla deficiência incluindo surdocegueira”. Eu devo enviar um carregamento de guloseimas para ela e seus colaboradores. Que maravilhoso guia prático para todos os educadores de crianças surdocegas. As idéias teóricas que estão por detrás do uso do calendário que foram difundidas por mim e outras pessoas durante anos, foram feitas de forma acessível e muito sistemática para todos “Para quem quiser iniciar uma conversação com uma pessoa surdocega”. Na educação especial muitas idéias que inicialmente eram muito promissoras, tem desaparecido ao longo dos anos. O uso de CALENDÁRIOS está estendendo-se rapidamente, porque o sistema tem grandes méritos para ambos: para o indivíduo surdocego e seu educador .Proporciona amplas oportunidades de “compartilhar o mundo” com pessoas com deficiências sensoriais múltiplas. Reforça a conversação comum aluno em um nível básico de desenvolvimento, e também para os indivíduos que têm alcançado o nível de simbolização. Assim, penso que amaior fortaleza do SISTEMA DE CALENDÁRIO é que ele é um “Sistema Aberto”. Pode adaptar-se às necessidades da pessoa. Pode ser usado, como Robbie coloca muito claramente, no lar pelos pais ou como nós ousamos agora, nos lugares de trabalho para os surdocegos ou também emlares de idosos com perdas visuais e auditivas. Jan Van Dijk, Ph. D.Sint-Michielsgestel, Paises Baixos

Reconhecimentos





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