A deficiência auditiva, vulgarmente
conhecida por surdez, é a perda parcial ou total da capacidade de ouvir.
Segundo
o Bureau International d’Audio-Phonologie (B.I.A.P. - 02), 1998, a deficiência
auditiva é classificada de acordo com os limiares auditivos obtidos pela pessoa
num exame de audição (audiograma tonal). Esse exame revelará a existência ou
não de uma perda em dB (que é uma medida relativa de intensidade do som) em
relação ao ouvido normal. Então, o grau de audição pode ser classificado em:
·
Audição Normal ou
Subnormal:
O
limiar auditivo médio não ultrapassa os 20 dB.
Deficiência
Auditiva - vários tipos de surdez:
·
Surdez Ligeira:
o Perda auditiva de 21 a 40 dB;
·
Surdez Moderada:
o 1º grau: perda auditiva de 41 a 55 dB;
o 2º grau: perda auditiva de 56 a 70 dB;
·
Surdez Severa:
o 1º grau: perda auditiva de 71 a 80 dB;
o 2º grau: perda auditiva de 81 a 90 dB;
·
Surdez Profunda:
o 1º grau: perda auditiva de 91 a 100 dB;
o 2º grau: perda auditiva de 101 a 110 dB;
o 3º grau: perda auditiva de 111 a 119 dB;
·
Surdez Total
(Cofose) Perda auditiva média de 120 dB.
Apesar
da avaliação quantitativa referida da deficiência auditiva, podem haver
pessoas com a mesma classificação audiométrica que no reconhecimento da
fala dos seus interlocutores tenham resultados bastante diferentes (Juarez e
Monfort, 2001). Isto deve-se ao facto de o grau de distorção depender da
relação entre as distintas frequências e o reconhecimento e compreensão da
fala, quando se ouve mal, depender de factores que não são simplesmente
auditivos.
A
AUDIÇÃO NORMAL
é
a capacidade de discriminar qualquer som da fala e combinação entre sons,
independentemente do seu significado, sendo capaz de repetir qualquer palavra
inventada. É um nível alcançável por crianças com surdez ligeira ou surdez
moderada de Grau I, neste último caso com uma boa adaptação protésica e treino
auditivo. (Juarez e Monfort, 2001)
A
AUDIÇÃO FUNCIONAL
é
a capacidade de reconhecer e entender mensagens verbais orais previamente
conhecidas (mas não palavras novas ou palavras inventadas), sobretudo se dispõe
de algum tipo de informação antes de a ouvir. É um nível alcançável
por pessoas com surdez moderada de Grau II com uma boa adaptação protésica
e treino auditivo; também é um nível alcançável, com algumas dificuldades,
por pessoas com surdez severa e parcialmente alcançável pelas pessoas
com surdez profunda de Grau I nas mesmas condições. (Juarez e Monfort, 2001)
A AUDIÇÃO RESIDUAL
é a capacidade de melhorar a compreensão pela leitura
labial. A pessoa não é capaz de discriminar nenhuma mensagem verbal
unicamente pela audição, mas nas provas de compreensão com leitura labial os
seus resultado aumentam quando se utiliza a ajuda dos resíduos auditivos. É um
objectivo mínimo alcançável por pessoas com surdez profunda de Grau II e
III com prótese auditiva.
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