terça-feira, 29 de abril de 2014

Jornal Noticias Surdos

Surdos pedem alterações em meta do PNE sobre educação especial

Surdos pedem alterações em meta do PNE sobre educação especial

Mariana Tokarnia
Da Agência Brasil, em Brasília
Entidade nacional que representa os surdos pede mudanças na Meta 4 do PNE (Plano Nacional de Educação). A preocupação é que, com a atual redação, os surdos deixem de receber uma educação voltada para eles e sejam prejudicados. Apesar das mudanças propostas ontem (19) pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), os surdos não se sentem contemplados. O PNE estabelece metas para o setor para os próximos dez anos. A Meta 4 trata do acesso de alunos com deficiência à educação básica e tem sido alvo de polêmica desde o mês passado.
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Saiba quais são as metas do PNE para a educação 20 fotos

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Meta 4 - Deficientes e superdotados: universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino, ressalvados os casos específicos atestados por laudomédico competente, validado pelos sistemas de ensino Leia mais Márcio Neves/Folhapress
A Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) pede que sejam feitas alterações no item 4.6 da meta. Eles pedem que a redação aprovada na Câmara dos Deputados seja retomada. O texto dizia que a oferta de educação bilíngue em Libras (Língua Brasileira de Sinais) deveria ser garantida aos alunos surdos e com deficiência auditiva com até 17 anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas.
No Senado, as escolas inclusivas foram retiradas do texto. "O que os surdos querem é garantir a diversidade de opções e que os familiares consigam e tenham o direito de escolherem onde os filhos estudam", diz a doutora em linguística e assessora da diretoria de Políticas Educacionais da Fenesis, Sandra Patrícia de Faria do Nascimento.
Sandra explica que, nas escolas inclusivas, um intérprete traduz a aula dada em português para os alunos surdos. Já na escola bilíngue, a aula é dada em Libras. Segundo a especialista, a maior parte dos surdos prefere a escola bilíngue por ter Libras como a primeira língua. Com a ausência de "escolas inclusivas" no PNE, a entidade teme que as escolas bilíngues e inclusivas sejam consideradas iguais e que as inclusivas predominem, prejudicando o aprendizado dos alunos.
No Brasil, são quase 10 milhões de surdos e pessoas com deficiência auditiva. Do total, cerca de 800 mil tem até 17 anos, segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Conheça os direitos garantidos para educação às pessoas com deficiência 7 fotos

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O transporte escolar é direito de qualquer criança ou adolescente. Quando o aluno com deficiência precisar de transporte escolar acessível, como os cadeirantes, é dever do Estado garantir esse direito. Segundo a promotora de Justiça Maria Izabel Sampaio Castro, o pai deve pedir o transporte escolar especial na escola. Caso não consiga, deve levar o problema à diretoria regional de ensino ou ao conselho tutelar. Em último caso, pode recorrer à Justiça, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público Zé Carlos Barretta/Folhapress
No Distrito Federal, a Escola Bilíngue, Libras e Português Escrito de Taguatinga foi uma conquista da comunidade surda da cidade. Segundo a diretora da escola, Marciley Ferreira Côrtes, foram 20 anos de luta até que o centro de ensino fosse criado em julho deste ano. A escola funcionava como escola inclusiva. Agora como bilíngue, continua oferecendo classes regulares, além das classes voltadas para os surdos.
"Vimos que em uma escola inclusiva acabávamos perdendo muito. O vocabulário do surdo é limitado em relação ao do ouvinte", diz Marciley. A escola atende a 120 estudantes surdos e filhos de surdos em classes bilíngues e 350 alunos em classes regulares.
O funcionário público Orlando Ilorca é pai de Fernanda, de 14 anos. Ela tem distúrbio do processamento auditivo, "um primo do surdo", explica. Apesar de a filha não estudar em classe bilíngue, pela distância do local onde mora, o pai defende o tipo de escola. "Vejo que em um ensino inclusivo, não há inclusão. Pode ir em uma escola onde haja surdos e ouvintes. Um fica de um lado e o outro do outro", diz ele.
"Quando o professor entende os gestos dos alunos e não há mediador, a motivação de estudar é diferente", explica, defendendo o ensino bilíngue. Sobre a possibilidade de o texto do PNE atrapalhar o surgimento das escolas em detrimento das inclusivas, Ilorca lamenta: "Agora que as escolas bilíngues estão surgindo. Abriram um caminho para os surdos que muitas outras pessoas com deficiência não conseguiram".
O novo texto deve ser votado na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado Federal na próxima semana. Em audiência no Senado Federal, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância de que as crianças estudem em escolas públicas comuns como forma de estimular o respeito e a convivência com pessoas diferentes. "Por exemplo, uma criança surda precisa estar em um momento do desenvolvimento dela na escola especial para aprender Libras [Língua Brasileira de Sinais], aprender a conversar na linguagem dos surdos. Mas ela precisa ir para a escola pública para aprender a conviver com os outros e para os outros aprenderem a conviver com a diferença".
Para Orlando, a convivência pode ser estimulada em uma escola bilíngue. "A escola não exclui o ouvinte. A inclusão é inversa, o colégio de surdo absorve o ouvinte".

Já no ar, a primeira emissora para surdos

Já no ar, a primeira emissora para surdos

Linguagem de libras ganha plano principal no canal, visto pela web

CRISTINA PADIGLIONE - O Estado de S.Paulo
Sabe aquela tela minimizada que, ao canto inferior direito da TV, reproduz em Libras - Linguagem Brasileira de Sinais -, especialmente aos deficientes auditivos, o conteúdo do áudio do programa? Pois é. Na TV INES, do Instituto Nacional de Educação de Surdos, a ordem é inverter a proporção dessas telas e ampliar a imagem de quem fala na linguagem de sinais. Está no ar a primeira TV para surdos do País.
Segundo estimativas informadas ao Estado pela diretora do INES, Solange Rocha, o Brasil conta com uma plateia em torno de 5 milhões de deficientes auditivos. Veiculada apenas via internet, pelo endereço http://www.tvines.com.br, a TV INES não dispensa o sonho de chegar a um canal com sinal convencional de TV, de preferência no segmento aberto.
Para tanto, vai experimentando um conteúdo a seu modo, com tudo a que uma emissora de TV tem direito. Alguns programas já são especialmente produzidos para o canal, como o humorístico Piadas, o Aulas de LIBRAS e o Tecnologia, sobre novidades e avanços tecnológicos que podem facilitar a vida dos deficientes auditivos. Outros são adaptados para a TV INES, que reedita as imagens inserindo um quadro com linguagem de LIBRAS e legendas na tela. São os casos do Salto para o Futuro, Via Legal, Brasil Eleitor, filmes e desenhos animados. Há ainda o Jornal Visual em três edições diárias, único telejornal dedicado aos deficientes auditivos no Brasil.
"É uma TV para e sobre surdos", define Solange. "Nossa ideia é criar um entorno positivo a esse universo, para que eles possam ter esse conforto, e que o mundo também entre no universo deles: é um espaço de entrada e de saída."
A ideia nasceu há coisa de dois anos, quando a TV Brasil, em busca de uma assessoria com tradutores intérpretes para surdos, procurou o INES. "Nessa altura, eu estava desenvolvendo um projeto de cultura, em que os professores ficavam em tela cheia, invertendo a lógica daquele quadradinho mínimo da linguagem de LIBRAS."
Na época, o instituto - ligado ao Ministério da Educação, com sede no Rio de Janeiro - havia comprado vários televisores para criar uma comunicação interna entre os alunos. "Resolvemos daí fazer uma televisãozinha interna", lembra.
A meta agora é produzir mais, ampliando o menu de títulos feitos pelo canal e reduzindo assim a parcela de programas adaptados. "Montar uma grade é muito complexo", admite Solange, que chegou ao instituto há 30 anos, como professora de História.
O canal conta hoje com programação diária de oito horas e sua operação ainda é tratada como experimental. Mas é o suficiente para incentivar a comunidade surda a investir em seus talentos criativos. "Temos um grupo bastante criativo de artistas surdos que estão trabalhando nessa televisão, escrevendo, atuando, apresentando", vibra a diretora. "A ideia é contemplar a diversidade."

"SOBRE SURDOS, LIBRAS, ACESSIBILIDADE E NOTÍCIAS EQUIVOCADAS SOBRE SURDEZ"


"SOBRE SURDOS, LIBRAS, ACESSIBILIDADE E NOTÍCIAS EQUIVOCADAS SOBRE SURDEZ"
Foto de Paula Pfeifer

Me corta o coração quando um jornalista, escritor ou qualquer outra pessoa cujo trabalho atinge milhares de outras pessoas publica informações equivocadas a respeito do assunto surdos e surdez. É tanta generalização que não sei nem por onde começar. Em primeiro lugar, a parte mais desgastante (e isso é por preguiça de pesquisar o assunto) é ter que ler as seguintes bobagens:
• todo surdo é mudo• todo surdo se comunica através de LIBRAS• a língua de sinais é a língua do surdo• crianças surdas devem estudar em escolas especiais para surdos• todo surdo precisa de intérprete• acessibilidade para surdos é a janelinha com o intérprete na TV• quem nasce surdo vai continuar surdo até o fim da vida• todo surdo faz parte da "comunidade surda"

Pelo amor de Deus, gente!! Afirmar esse tipo de coisa é um absurdo, em pleno ano de 2011. Vamos esclarecer, então?

Eu sou surda. Eu NÃO me comunico através de Libras. Eu falo. Eu escuto muito bem com aparelhos auditivos. Nunca estudei em escola especial. Não preciso de intérprete. Acessibilidade pra mim tem a ver com legendas nos programas de TV, avisos luminosos em certos locais, atendimento via chat, SMS e coisas assim – aquela janelinha de Libras na TV e chinês pra mim são a mesma coisa. Não faço e nem quero fazer parte de nenhuma "comunidade surda".

Dá até vontade de perguntar: “entendeu ou quer que eu desenhe??”

Existem surdos sinalizados (estes sim podem se enquadrar nas informações descritas lá em cima no início do post) e surdos oralizadosSurdos oralizados usam aparelhos auditivos ou implantes cocleares (ou não usam nenhum dos dois, inclusive) e são experts em leitura labial. Surdos oralizados falam como qualquer pessoa ‘normal’ (ou melhor, ouvinte). Alguns surdos oralizados também conhecem a Libras e se comunicam com seus amigos/colegas/parentes que são sinalizados através dela – e são considerados bilíngues. Surdos oralizados são pessoas independentes, dominam o português falado e escrito e não necessitam de uma terceira pessoa envolvida na sua comunicação (um intérprete). Surdos oralizadosNÃO vivem em função da surdez e NÃO vivem presos a um grupo pequeno de pessoas (a chamada “comunidade surda”).

A sensação que eu tenho quando leio qualquer notícia sobre surdos/surdez que envolva também a Librasé de que a pessoa que escreveu sentiu pena. “Ai, coitadinhos“. Raríssimos são os jornalistas/escritores IMPARCIAIS quando se trata desse assunto. Se existem dois tipos de surdos e os mais variados graus de surdez, vamos esclarecer isso, pôxa! Hoje em dia, ser surdo não significa viver no silêncio – os aparelhos auditivos de última geração e os implantes cocleares estão aí para provar!!

Agora, me digam:
• Onde está o futuro e as perspectivas profissionais de alguém que não domina a língua do país no qual vive – e não estou falando do português falado, mas sim do português escrito??• Porque o governo não investe dinheiro em uma educação intensiva e de qualidade direcionada a surdos sinalizados para que eles dominem TAMBÉM o português escrito e não sejam eternamente dependentes de alguém??• Como alguém pode achar que um pai ou uma mãe que querem dar ao seu filho surdo a opção de ouvir estão aniquilando a criança?• Como alguém pode julgar os pais que querem que seu filho surdo conviva com todos os tipos de crianças e não viva em função de uma deficiência?
A propósito: essa ladainha e essa lavagem cerebral toda só acontecem em função da militância incessante da ‘comunidade surda’ e seus simpatizantes para que as pessoas acreditem que todas asinformações erradas são certas. Para que o mundo não saiba da existência dos surdos ORALIZADOS. Para que o mundo continue acreditando que não há alternativa ao silêncioExiste diversidade dentro da surdez, por mais que esse grupo queira fingir que não.

Ou alguém já viu um deficiente visual dizer que um deficiente visual que usa óculos ou faz uma cirurgia para recuperar a visão está se submentendo ao mundo dos que enxergam? Ah, me poupe, vai!

Eu admiro muito os surdos bilíngues. E não consigo ver vantagem alguma em se comunicar somente através de Libras e sequer dominar o português escrito. Na verdade, penso que isso é o mesmo que viver trancado dentro de uma bolha. E eu quero o mundo!!!

PS:
 antes de publicar seja lá o que for sobre surdos e surdez, PESQUISE!!! Se informe, e não publique bobagens.

PS2: para saber tudo sobre Implante Coclear, leia o Desculpe, Não Ouvi!

E por último, às pessoas que têm vindo aqui me atacar e mandar emails com desaforos, leiam o post. E aceitem o fato de que:

EXISTE DIVERSIDADE DENTRO DA SURDEZ! Surdos oralizados não são MENOS SURDOS do que surdos sinalizados.


                                                                                                


Primeiros engenheiros surdos do Centro-Oeste

Primeiros engenheiros surdos do Centro-Oeste formam em 



Divinópolis



Eles contam como foi estudar com não surdos e conquistar graduação.
Noite das homenagens da Engenharia de Produção será na segunda (27).

Marina AlvesDo G1 Centro-Oeste de Minas
alunos surdos engenharia de produção Divinópolis MG (Foto: Sagae Formaturas Paraná/Arquivo pessoal)Irmãos passaram por toda a graduação juntos
(Foto: Sagae Formaturas Paraná/Arquivo pessoal)
Concluir uma graduação é uma conquista para muitos jovens por todo o país. Mas para dois alunos de Engenharia de Produção em Divinópolis, essa vitória é ainda maior. Mariana de Oliveira Ferreira, de 25 anos, e Felipe de Oliveira Ferreira, de 27, são irmãos e decidiram vivenciar juntos também os cinco anos da graduação. Além disso eles estão fazendo história como os primeiros estudantes com deficiência auditiva a se formarem como engenheiros de produção no Centro-Oeste de Minas, segundo um levantamento da Fundação Educacional de Divinópolis da Universidade do Estado de Minas Gerais (Funedi/Uemg), instituição onde eles formaram.
Assim como a maioria dos adolescentes, foi no ensino médio que Mariana decidiu qual seria a profissão após ficar em dúvida quanto a outras graduações. "Pensei em administração, contabilidade, matemática e design de moda. Por fim optei por Engenharia de Produção", recordou. Felipe, ao contrário da irmã, estava decidido quanto ao curso que escolheria. "Não pensei em escolher outro. Até pensei em fazer ciências da computação, mas no final eu queria mesmo era engenharia", afirmou.
Segundo a irmã, o apoio da família foi primordial na decisão de cursar o ensino superior. "Na minha família muitos têm curso superior e sempre nos direcionaram nos estudos. Meus pais sempre investiram na nossa educação, pensando em um futuro melhor e na roda dos primos sempre falávamos sobre vestibular e faculdade", contou Mariana.
Segundo a professora e coordenadora do curso, Vânia dos Santos Ventura, foi preciso que a instituição se preparasse para receber os irmãos. "Como em toda mudança, também foram enfrentadas algumas dificuldades, todos tiveram que aprender juntos. Houve capacitação dos funcionários e a presença de uma intérprete. Mas acima de tudo, aprendemos e ainda estamos aprendendo muito com eles", informou.
Mas para os irmãos, que já haviam estudado em escolas com outros alunos que não eram surdos, essa adaptação transcorreu tranquilamente. "Algumas dificuldades sempre enfrentei, pois tudo é um aprendizado, mas todo o processo foi tranquilo. Eu conversava e aprendia normalmente com eles e todos muito curiosos para aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras)", contou Felipe.
alunos surdos turma engenharia de produção Divinópolis MG (Foto: Felipe de Oliveira Ferreira/Arquivo pessoal)Mariana, Felipe e os colegas de curso visitaram usina de Itaipu durante escursão da faculdade
(Foto: Felipe de Oliveira Ferreira/Arquivo pessoal)
Uma das responsáveis por essa adaptação de Mariana e Felipe com a turma foi a intérprete Graciele Kerlen Pereira Maia, que acompanhou os irmãos desde o ensino fundamental até a graduação. "São 12 anos juntos. A história dos dois é exemplo de superação, de sonho conquistado, luta com vitória. Por isso fazem história como os primeiros surdos formados nesse curso no Centro-Oeste de Minas e se tornam grandes exemplos para o reconhecimento dos surdos na sociedade", disse a intérprete com orgulho.
Ainda segundo a Graciele, os irmãos nunca foram tratados de forma diferente aos demais colegas. "Disciplinas, estágios, apresentações de trabalho, visitas técnicas foram fornecidos assim como foram oferecidos aos outros alunos. E tiveram facilidades e dificuldades assim como qualquer outro aluno", garantiu.
A determinação dos dois logo chamou a atenção da turma, que teve a oportunidade de aprender com os novos colegas. "Foi uma questão de tempo para os colegas e professores que não conheciam bem a cultura deles, conhecerem o nosso meio de comunicação. Mas no final as aulas transcorrem normalmente", afirmou Mariana.
intérprete alunos surdos engenharia de produção Divinópolis MG (Foto: Sagae Formaturas Paraná/Arquivo pessoal)Graciele acompanhou irmãos por toda graduação
(Foto: Sagae Formaturas Paraná/Arquivo pessoal)
Assim, cada período passado era uma vitória para a dupla que estava acostumada a encarar os desafios desde pequenos. "Esta etapa com meu irmão foi como as outras. Estudamos juntos, conversas sobre as matérias. Sempre tivemos esse companheirismo, como acontece com irmãos. Às vezes até mesmo com algumas discussões", brincou Mariana. Sentimento compartilhado pelo irmão. "Desde pequeno estudamos juntos e foi muito bom estudar com ela na faculdade", acrescentou Felipe.
Não foi só a presença na vida um do outro que fez a diferença. Para Vânia, a presença dos dois alunos com deficiência auditiva foi enriquecedora para a instituição e acrescentou uma nova visão ao curso. "Criamos sinais para os termos da engenharia de produção, empresas se adaptaram para receber os dois como estagiários, professores adequaram suas aulas trazendo materiais visuais. A principal mudança foi a conquista do respeito pelo sujeito surdo e a certeza de que hoje nós estamos mais preparados para recebermos alunos como os dois", argumentou a coordenadora.
Cinco anos depois de iniciar a graduação, chegou a hora da formatura e a responsabilidade de se tornar um engenheiro de produção. Uma etapa que os irmãos se dizem preparados para encarar. "Essa formatura é um momento muito importante na minha vida. Repleta de desafios, ensinamentos, dedicação, luta, estudo, momentos de dificuldades, alegrias. É um crescimento de uma vida pessoal e acadêmico", disse Mariana.
Também de novos desafios no mercado de trabalho. Felipe disse estar preparado para estudar as propostas que apareceram, assim como Mariana. "Ainda não recebi propostas para trabalhar após a formatura, mas fui contratada por uma empresa como jovem aprendiz. Acredito que posso ser contratada na minha profissão com concursos", disse a jovem.
Para que consigam se firmar no mercado, os irmãos contarão com a torcida não só da família, mas também de quem os acompanhou de perto ao longo da graduação. "Desejo a eles muito sucesso. Tudo que eles passaram é pela a concretização de um grande sonho, uma prova de como cresceram com toda essa trajetória. Seja qual for o caminho que eles trilharem, confio que conquistarão ainda mais vitórias. Jamais me esquecerei deles, porque eu os amo", declarou a intérprete Graciele.
A Noite de Homenagens, evento simbólico de encerramento do curso, da turma de Engenharia de Produção será nesta segunda-feira (27), às 20h, no Yellow Hall em Divinópolis.

http://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2014/01/primeiros-engenheiros-surdos-do-centro-oeste-formam-em-divinopolis.html

quarta-feira, 2 de abril de 2014

NÃO EXISTE MAIOR BARREIRA DO QUE A DA COMUNICAÇÃO

NÃO EXISTE MAIOR BARREIRA DO QUE A DA COMUNICAÇÃO
Você consegue imaginar-se criança, querendo dizer pra sua mãe que sente algumador,
Sem que ela te entenda. Ou mesmo, você sentir algum medo, e ela achar que você
Esta com dor de barriga e te dar aquelas gotinhas no copo e dizer: “Você vai sarar...”
Mas o que você realmente esta pedindo é a sua companhia; ou ainda você querer dizer
O quanto a ama e que ela é importante para você e isto parecer impossível?
A vida do “SURDO” é cheia de momentos como estes, desde criança e como adultos também.
Começando com o termo “DEFICIENTE AUDITÍVO”, a sociedade trata o surdo como se fosse
Incapaz.
Conhecemos as necessidades de muitas pessoas com deficiência, mas para os surdos não há
Condições mínimas de atendimento. Em repartições públicas, hospitais, lojas e locais adaptados que lidam com questões de acessibilidade, raramente há alguém preparado para atendê-los.
O que você sabe sobre “SURDEZ”? Aquele Alfabeto Brasileiro de Sinais que você já deve ter visto é quase nada. Você pensa que a comunicação do surdo é daquela forma?
Mesmo os profissionais da área, precisam saber mais. Eles sabem sobre ouvido, mas será que sabem sobre a “Pessoa Surda”?
Pais e familiares precisam saber o que fazer, afinal de contas um filho surdo não nasce com um manual de instruções.
Nosso objetivo é que o “Surdo” conquiste sua total cidadania. O primeiro passo é a informação. O reconhecimento de uma língua própria, a “LIBRAS” já foi uma vitória. Você tem ideia do que é LIBRAS?
Por isso quero te convidar a conhecer este mundo maravilhoso, humano e verdadeiro, o mundo dos SURDOS, você vai ficar encantado, assim como eu, e ao mesmo tempo surpreso.
‘’QUE TAL VENHA FAZER VOCÊ A DIFERENÇA”

Surdo músico